Tu vive falando que quer aventura, mas tem medo de pular de para quedas. Tem medo de velocidade. Tem medo de altura. De riscos. Eis aqui a realidade: Até quem acha que o chão é seguro pode tropeçar.
Eu nunca fui a pessoa mais corajosa do mundo. Minhas pernas tremem só de pensar em aranhas e tubarões. E em me machucar.
A gente pode até negar, mas lá no fundo todo mundo tem esse medo. Todo mundo tem uma pontinha de "e se eu me fuder de novo?". É natural, é instintivo. Se você pisa num caco de vidro, alguma parte do seu cérebro vai apitar quando passar por copos, pratos ou qualquer objeto do mesmo material. O foda é que você não deixa de comer porque cortou o dedo num prato de vidro.. Então por que deixar de se relacionar em função de uma experiência frustrada?
Se desistíssemos a cada experiência que deu errado, ainda estaríamos aninhados no colo das nossas mães. Lá era seguro. Eu não ia cair de bunda no chão tentando engatinhar e jamais teria quebrado meus dentes tentando andar de bicicleta. E aqueles arranhões no joelho quando eu, desastrada desde o útero, resolvi correr? Nem te conto sobre as mechas de cabelo perdidas quando eu descobri a tesoura ou as idas ao médico pra tirar caroço de feijão, milho ou espuma do nariz. Sei lá, aquele buraco tinha que ter alguma função além de respirar. Hoje ele sustenta uma bela argola.
A gente pode até negar, mas lá no fundo todo mundo tem esse medo. Todo mundo tem uma pontinha de "e se eu me fuder de novo?". É natural, é instintivo. Se você pisa num caco de vidro, alguma parte do seu cérebro vai apitar quando passar por copos, pratos ou qualquer objeto do mesmo material. O foda é que você não deixa de comer porque cortou o dedo num prato de vidro.. Então por que deixar de se relacionar em função de uma experiência frustrada?
Se desistíssemos a cada experiência que deu errado, ainda estaríamos aninhados no colo das nossas mães. Lá era seguro. Eu não ia cair de bunda no chão tentando engatinhar e jamais teria quebrado meus dentes tentando andar de bicicleta. E aqueles arranhões no joelho quando eu, desastrada desde o útero, resolvi correr? Nem te conto sobre as mechas de cabelo perdidas quando eu descobri a tesoura ou as idas ao médico pra tirar caroço de feijão, milho ou espuma do nariz. Sei lá, aquele buraco tinha que ter alguma função além de respirar. Hoje ele sustenta uma bela argola.
Eu tenho uma ideia meio clean de relacionamentos, talvez por não ter tido muitos, talvez por assistir muita comédia romântica, talvez por acreditar que quando a gente quer, dá um jeito. E eu tô dando o meu jeito. Torto, desengonçado, as vezes agressivo, mas é o meu jeito e eu tô tentando, então, não enche o saco.
E você? As vezes você me confunde. Eu não sei se é quem diz ou quem demonstra ser. Faz sempre questão de dizer que a vida foi dura, que já sofreu e tem medo de se machucar de novo. Por outro lado não perde a oportunidade de cantarolar "Eu, você, dois filhos e um cachorro.Um edredom, um filme bom no frio de agosto.E, ai, cê topa?" . Como eu fico nessa? Perdida, oras. Nem todas as minhas aulas de psicologia aplicada conseguem desvendar o que tem por trás dessa cara de príncipe de conto de fadas as avessas.
Eu acho mesmo é que você tem medo de mim. Mede de eu ser realmente tudo o que você sempre procurou por aí e só encontrava em doses homeopáticas espalhadas em cada porto. Admite que você se assustou quando eu apareci do nada e mostrei que tu pode ter o mosaico do melhor da vida em uma pessoa só.
Eu acho mesmo é que você tem medo de mim. Mede de eu ser realmente tudo o que você sempre procurou por aí e só encontrava em doses homeopáticas espalhadas em cada porto. Admite que você se assustou quando eu apareci do nada e mostrei que tu pode ter o mosaico do melhor da vida em uma pessoa só.
Confessa que eu te assusto quando te convido pra sair, quando dispenso teu dinheiro e pago o taxi ou o cinema. Quando te jogo no sofá e assumo as rédeas da situação. Quando não só digo, mas provo que sou diferente dessas tantas que já passaram na tua vida.
Quer saber mais? Eu também tenho medo, também já quebrei a cara por aí, mas acho que vale a pena tentar de novo. Eu sei que tem outros travesseiros por ai esperando pra ficar impregnados com o meu xampu, eu sei que tem outros colos pra eu deitar, eu sei que posso me sentir tão bem com qualquer outro, mas eu não quero. Eu escolhi você pra ser o meu pokemon.
Eu gosto desse monte de defeitos que te fazem ser único. Tu pode ser um babaca, mas só eu sei o quanto me faz bem. Eu gosto quando você lembra de algo que eu falei ou fiz, ou de como reagi em determinada situação. Quando me elogia do nada ou quando inventa algum defeito só pra implicar. Quando, no meio da noite você acorda, beija minha testa e dorme de novo. Quantas vezes você dormiu no meu colo enquanto eu mexia no seu cabelo e eu fiquei ali, admirando aquela cena como se fosse a coisa mais bonita do mundo..E eu me sinto feliz por estar ali, por estar com você.. E naquele momento o medo vai embora..
Pode falar que gosta quando eu me aninho seu peito enquanto assistimos anime, quando eu te explico os detalhes daquela triologia medieval ou daquela série de zumbi. Que gosta quando fazemos guerra de almofadas ou de coração de borracha (Que cena linda! Um jogando o coração pro outro como quem diz "segura que é seu."). Fala, pode falar. Fala pra você, fala pro espelho, e quando estiver pronto pra assumir, fala pra mim.
Então me diz..Vale a pena ter medo e deixar tudo isso se perder?
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