segunda-feira, 10 de agosto de 2015

Domingo eu vou ao Maracanã..


Domingo, Dia dos Pais. Jogo marcado pras 11 horas da manhã. A torcida foi convocada. Era a hora da virada.
Acordei cedo, vesti minha camisa e fui ao Maracanã.

Logo no caminho já deu pra sentir o clima: Trem lotado de torcedores cantando e batucando. Animados com um jogo que não valia liderança, não valia vaga na libertadores. Valia 3 pontos e a manutenção na zona de rebaixamento.
Eu, como muitos, vi esse jogo como a chance do time demonstrar sua força e honrar sua tradição, afinal, o Vasco é o time da virada. Somos um time grande, temos uma história. Temos uma torcida apaixonada que lotou o maracanã num domingo de manhã, em pleno dia dos pais. O ingresso não estava barato, facilidade de acesso ao estádio não existiu, mas nos fizemos presentes. Mais de 40 mil torcedores se uniram pra incentivar um time..O nosso time. O Vasco.
Acontece que apesar dos milhares na arquibancada, só 11 entram em campo. Onze jogadores que são pagos pra representar um clube. Onze jogadores que são pagos pra jogar futebol e deveriam mostrar o mínimo de empenho e respeito pela camisa que vestem. Onze jogadores que não sabem princípios básicos do futebol. Tenho dúvidas se sabem o que estão fazendo em campo.
Vi jogadores perdidos em campo, rifando a bola como se ela fosse explodir a qualquer momento - Toma! Agora ela tá com você. Praticamente um jogo de “batata quente”. O adversário agradeceu. Agradeceu também por duas chances de gols contra. Eu não entendo a capacidade que o Vasco tem em dar bons passes pro adversário e deixa-los na cara do gol. Não é por acaso que temos a pior defesa do Campeonato. E o pior ataque também.
Eu já vi o Vasco passar por várias crises, dentre elas 2 rebaixamentos, mas também vi tempos de gloria.  Vi o Vasco ser campeão carioca, campeão brasileiro, campeão da Libertadores e disputar um Mundial. Vi o Vasco virar, de forma inacreditável e emocionante a final de Copa Mercosul em 2000. Ser campeão da Copa do Brasil e disputar ponto a ponto um campeonato brasileiro. Vi Odvan, Mauro Galvão, Carlos Germano,Valdir, Euller, Felipe, Pedrinho e Juninho’s.Vi o Vasco ser grande. Vi o Vasco ser Vasco.
Hoje temos um grupo de jogadores que ousam vestir o manto e usar a cruz de malta no peito. Jogadores que individualmente até podem ter alguma qualidade, mas que em grupo não formam um time. Atacantes que sequer sabem pra onde devem chutar, zagueiros que não passam qualquer tipo de segurança e um meio de campo que não sabe tocar a bola. E vai tocar pra quem? Pro atacante que não consegue correr?
E a conclusão é uma só: Aquele time que entrou em campo não merece a torcida que tem, mas NÓS somos o Vasco. Jogadores vem e vão. Técnicos são trocados a todo momento, e nós ficamos. Nós sofremos, xingamos e apoiamos. Nós somos o Vasco ontem, hoje e sempre. E é por isso que o sentimento não pode parar. E é por isso que mesmo na zona de rebaixamento, na serie B ou disputando a ponta da tabela a torcida o amor é o mesmo, mas a paciência não.

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