quinta-feira, 20 de março de 2014

Nós dois sabemos que fomos feitos um pro outro..



..Mas existem outros 6 bilhões também ♫


Por que ele?


Eu não sei muito bem como acontece a atração entre as pessoas. É um mistério. Frequentei aulas de Psicologia, li matérias em revistas femininas, fiz sinastria amorosa nos sites de astrologia mas nunca entendi a razão dos olhinhos brilharem quando vejo certas pessoas. (CertaS pessoaS - no plural. Tô falando de um lapso temporal de 25 anos, então me permita o plural)

Não, eu não tô falando de paixão, de amor ou de nenhum desses sentimentos que falam tanto em musicas e livros. Tô falando de atração! Aquela coisa de bater o olho e pensar: "Huuum..". (Sem pensamentos pervertidos, isso é uma pagina de respeito.)

Ah, vai falar que isso nunca aconteceu com você? Nunca se encantou por alguém que viu na rua, na fila do pão.Nunca teve um romance imaginário que durou uma viagem de ônibus? PÁRA! Claro que teve.

E nas redes sociais.. Cá entre nós: Quem nunca olhou uma foto e pensou "Quero pra mim"?

Você olha, os sininhos tocam e você entra num estado de idiotização. Passa a pensar naquela pessoa e por vezes até escreve um roteiro pra historia de vocês. Em 90% dos casos isso não sai do papel, afinal a pessoa nem sabe que tá no elenco da sua peça .

Eu não sou de me encantar por qualquer um. Obvio que comento quando vejo um cara bonito, mas isso não significa que esteja atraída por ele. Quando eu tinha 12, 13 anos e falava que fulano era bonito minhas amigas já achavam que eu tava planejando namorar, casar e ter um cachorro chamado Alfredo. Hoje estamos crescidinhos e sabemos que as coisas não são tão simples. Eu acho o Justin Timberlake um lindo, mas não pegaria. Considerando a possibilidade de, claro. (aproveito para agradecer aos meus amigos me dão atenção nesses momentos <3)

Voltando ao raciocínio: Eu não sou de me encantar por qualquer um, mas acontece. E acontece sem razão. Não é preciso falar frases bonitas, não é preciso ter idéias ou ideais parecidos. Simplesmente acontece. Assim, do nada, sem ter porquê.

Normalmente as pessoas dizem que se sentem atraídas por pessoas que sejam parecidas com elas. Eu me sinto atraída por pessoas que me atraem. (oi?). Depois de muito me analisar percebi que essas pessoas seguem um certo "padrão", mas é inconsciente. ("This is my design" Will Graham)

Um dia (sempre) me dizem que eu devo me permitir conhecer as pessoas.. Que a atração surge naturalmente da identificação com o outro. Olha, não é que eu não permita, mas eu nunca criei um vinculo com alguém e me descobri atraída depois. NUNCA. Estranho, né? Pois é. Por essas e outras nunca vão fazer um filme sobre mim.

Pode ser que um dia aconteça, não vou cuspir pro alto, mas eu não consigo seguir essa regra e faço tudo ao contrário: Pra mim tem que rolar primeiro a atração, depois a identificação. É uma progressão às avessas, eu sei.

Acontece mais ou menos assim: O cupido acerta a flecha e eu enxergo a pessoa. Ai vem a fase da fixação. Nessa fase pessoas normais demonstrariam interesse e deixariam acontecer. Eu espero que a pessoa descubra sozinha. Sei lá, acredito e tenho fé no dom da adivinhação. Pra que eu vou falar ou demonstrar que tô a fim de alguém?! Ó as ideias!

Como tem uma brecha na evolução humana e os as pessoas não conseguem ler mentes (não vou citar o fato de homens serem lerdos e não conseguirem identificar sinais), normalmente minha "missão conquista" é frustrada.

Difícil acreditar, né? Logo eu, com toda essa sensualidade, carisma, inteligência e talento pra puxar assunto e demonstrar interesse.. Não.

Eu não sei puxar assunto. Sempre acho que estou incomodando e tenho medo de parecer idiota. Quem me conhece sabe que eu sou, mas se eu tô tentando sensualizar, por que demonstrar um ponto fraco? Tenho que parecer interessante, gerar curiosidade, sorrir de lado, mexer no cabelo e olhar pra boca do cara (conhecimento adquirido através da leitura de muitos exemplares da Capricho).

25 anos de curso e ainda não aprendi a dar mole. Sou um verdadeiro desastre na arte da sedução. Gente, como essas mulheres conseguem fazer charme e respirar ao mesmo tempo? Eu não consigo nem andar sem tropeçar, imagina jogar cabelo, mandar indireta e me fazer de difícil sem dispensar o cara? É muita informação pra processar. Não consigo.

Diante da minha falta de habilidade nos paranauê sedutórios, o cara: A) Não percebe que eu existo. B) Não percebe meu interesse. C) Me inclui no grupo dos brother, porque eu sou um cara legal D) Perde o encanto e eu vou jogar Candy Crush. E) Todas as alternativas anteriores

Em raríssimos casos eu passo pra fase seguinte, que é a manutenção do encantamento. É a fase de conhecer, analisar a pessoa e fazer o check list: gosto e não gosto. Invisto ou não invisto. Normalmente essa é a primeira fase e as pessoas se sentem atraídas a partir dela. No meu caso a ordem é inversa. Cada um com seu cada um e Freud que me explique.

Dizem por ai que quem passa dessa fase ganha um relacionamento. Eu nunca passei, então deixo os comentários pra quem tem experiência.

O fato é que eu não sei qual o mecanismo da atração. Se é física, se é espiritual, se é hormonal. Não sei de onde surgem os sininhos ou a flecha (Cupido maldito que só acerta um). Eu não sei de nada, só sei que acontece sem avisar, sem hora marcada, sem lugar definido.

Reciprocidade, que tal aparecer na minha vida? Eu olho pra você, você olha pra mim e a gente se enxerga.

 

 

quinta-feira, 13 de março de 2014

Deixar que o tempo nos faça bem ♪


Hoje 13, em 2 meses, 26. E eu ainda não cumpri nem metade das promessas dos 18.

Começa hoje a contagem regressiva pro meu aniversário.

Por muito tempo isso representou lista de convidados (que sempre eram os mesmos, mas eu gosto de listas), balões, velas, bolo e docinhos. Há uns anos virou sinônimo de “eu não quero fazer aniversário!”.

Não, eu não tenho problemas com o fato de estar envelhecendo, minha crise é com a idade. Os números. O resultado da subtração do ano atual pelo ano do seu nascimento.

As pessoas tem costume de associar esses números com padrões comportamentais e sociais e se tu foge à regra, você é um alien. Perdi as contas das vezes que ouvi coisas do tipo  “Com sua idade eu já tinha pulado de bungee jump, visitado o machu picchu, estava casada, com 3 filhos e tinha uma tartaruga chamada Astolfo”. Tá, mas e daí?

Quando eu estava na fila esperando pra encarnar ninguém me deu um roteiro especificando o que eu tinha que fazer com cada idade “Nega, com 9 meses você nasce, com 1 ano começa a falar, com 15 você dá, com 22 você casa e com 30 já vai ter uns 5 filhos”. Se alguém esqueceu de me avisar dessa “determinação”, a culpa não é minha.

Como diria um senhor muito sábio “Eu sou idoso porque tenho idade, mas não sou velho!”. Confesso que nunca tinha pensado sobre isso e quando ouvi piscou uma luzinha: foi o que eu sempre pensei e nunca consegui expressar.  Tem gente que é velho aos 12. Tem gente que tem 82 e é jovem ainda (e amanhã velho será a menos que o coração sustente a juventude que nunca morrerá).

Hoje eu tenho 25 e é complicado me enxergar como uma mulher de  quase 26 anos. Uma mulher? Teoricamente, sim. Se eu pudesse mudar os termos diria que sou uma menina de 25 anos. Uma jovenzinha!

Quando a gente é criança, quer crescer. Quando a gente cresce, já não sabe mais o que quer.

Acho que sou multi “faixa etariada”. Às vezes tenho 5 anos e quero comer biscoitos assistindo desenho. Às vezes tenho 18 e acho que vou dominar o mundo e virar a noite nas baladas. Às vezes tenho 65 e quero me aposentar.

Quando eu tenho 25 anos é mais complicado. É quando eu questiono minha existência e tudo ao meu redor. Acho que já vivi o suficiente pra mudar muita coisa, inclusive em mim, mas vejo que pouca coisa aconteceu. Por outro lado, sou consciente de que só cheguei aqui  porque construí uma estrada. Se foi torta ou não, o que importa é que me levou a algum lugar: Aqui e agora.

Eu, a Amanda de 25, ainda tenho cerca de 60 dias de mandato e não vou dizer que fiz grandes mudanças durante meu governo, mas posso dizer com convicção: a casa ficou muito mais organizada depois que eu cheguei.

Demorei mas percebi que é preciso desapegar, jogar fora. Nem tudo que fez bem um dia é necessário nos dias atuais.

E pra ela que chega daqui a 2 meses eu faço um pedido: Amanda de 26, por favor, não seja uma coração mole. Eu tenho uma reputação a zelar!

 

"Se me perguntarem como estou, eis a resposta: Estou indo. Sem muita bagagem. Pesos desnecessários causam sempre dores desnecessárias. Esvaziei a mala, olhei no fundo dela, limpei, e estou indo preenche-la com coisas novas. Sensações novas, situações novas, pessoas novas. Tudo novo." (Caio Fernando Abreu)

segunda-feira, 10 de março de 2014

Los

Tem dias que você acorda meio Los Hermanos.
É estranho, não é planejado. Você simplesmente abre os olhos e puft: Qual o sentido da vida: Por que eu sou esse cara estranho que não acha lugar no corpo em que Deus me encarnou?
E nessa vibe do Bloco do Eu Sozinho a única vontade é voltar pros braços de Morfeu, mas não dá. Não dá, não posso e não quero. Eis a minha dualidade (acho o termo mais bonito e menos tecnico que "bipolaridade") gritando: Tem uma vida inteira lá fora esperando pra ser vivida. Pode não ser a vida dos meus sonhos, mas é a vida que eu tô construindo há 25 anos. Ê tempão.
Nesses dias "los" a gente escolhe a poltrona preta. Por mais atraente que a marrom seja, a preta é sexy e irresistível. A gente vai pra lá e fecha os olhos, tenta contato com algum ser celestial de existencia duvidosa e pede, pede com muita fé para que as coisas melhorem.
O problema é que a melhora depende da gente. A vida não é um filme em que depois da parte ruim vem o final feliz. Não se iluda. Não é assim que a banda toca.
Por mais confortavel e acolhedora que seja a poltrona preta, se você não se levantar e agir, nada vai mudar. Alias, vai sim. Outras pessoas estão vivendo e, olha que absurdo, elas não seguem o roteiro que você escreveu! Se você não improvisar e entrar na cena, vai virar figurante da sua propria vida e a Globo nem vai te contratar pra ser a proxima Helena. Adeus autográfos e paparazzis! Adeus fama, adeus capa da Caras!
Admiro pessoas que são felizes 24 horas por dia, que dão bom dia pro Sol, pra chuva, pras plantas..Gente que não reclama.. Essa gente que.. não existe!
Eu sou rabugenta, mudo de humor de uma hora pra outra, reclamo da vida (mesmo sabendo que grande parte do que acontece é minha responsabilidade)..Eu sou "normal". (normal entre aspas, evitando piadinhas futuras). E no conjunto de coisas que formam a maravilhosa "Eu", vem o sentimento "los".
Hoje eu acordei assim: minha vontade era de ter um moletom bem grandão, pra eu me aninhar e dormir o dia todo. Não por estar triste, mas por estar "los" (é um termo com amplo significado, aos poucos você se adapta. Vai por mim.)
Como não tinha moletom e todo carnaval tem seu fim, eu tive que levantar e pôr minha roupa de viver, no maior estilo Rocky Balboa: pronto pra qualquer desafio e com musiquinha inspiradora de fundo. E quer saber? A vida pode querer te bater, mas você só vai apanhar se não souber esquivar. (aprendi isso na base da porrada, literalmente. Valeu muay thai)

Pronto, tirei as luvas e voltei a realidade.
Eu não nego: As vezes tenho a sensação que o Todo Poderoso não vai muito com a minha cara e, eu já não sou assim muito de ganhar, por outras vezes penso que se eu gastasse menos tempo reclamando na poltrona preta, perceberia que a estrada vai além do que se vê.
A verdade é que esses dias "los" fazem parte do que eu sou. Tenho pena de quem tem que me aturar e de quem atura por livre e espontânea vontade. Aos que não aturam, só digo uma coisa: Sou digna de Oscar quando dramatizo a vida. Vocês não sabem o que tão perdendo.
Hoje eu tô assim, e amanhã? Deixa ser como será.
"Se as nuvens estão bloqueando o Sol, sempre tento ver aquela luz por tras delas, o lado bom das coisas, e me lembro de continuar tentando..Dói olhar pras nuvens, mas também ajuda, como a maioria das coisas que causam dor.".